"O maior perigo de notícias simpáticas e boas ações vindas de lugares inesperados é o que se encontra nas entrelinhse ninguém vê. As ditaduras e a repressão se dão muitas vezes de forma "homeopáticas" para que você só perceba quando não puder mais reagir".
Eis aqui um exemplo claro disso.
No último post foi levantada a questão de repressão política e cerco autoritário dentro da Universidade de São Paulo (USP) e esse processo está longe de ser uma exclusividade de São Paulo, mas em alguns lugares as coisas se dão de forma sutil, quase imperceptível.
Imagine que você, estudante universitário, esteja insatisfeito com sua universidade ou querendo organizar um movimento, passeata, maifestação política contrária ao governo e alguma forma. Naturalmente você vai começar a conversar com seus colegar, captar pessoas que concordam com sua indignação e promover reuniões sobre o tema, de preferência na própria universidade, que é onde você está e tem mais facilidade em articular essas idéias correto? Agora imagine o desconforto em realizar atsi reuniões ou mesmo conversas com policiais militares rodeando o grupo o tempo todo? Mesmo que não atrapalhem a princípio, a simples presença é desconcertante e acaba por afastar os simpatizantes de suas idéias que ainda estejam um pouco relutantes não é mesmo?
Mas a presença imposta de policiais em ambientes universitários não costumam ser bem aceitos e causam problemas, como é no caso da USP, mas e se eles entrarem de forma amigável, visando ajudar, ensinar sobre cidadania e ordem pública? Muito mais simpático e de fácil aceitação. Dessa forma ainda assim sua presença se faz e sua vigilância também.
Sabendo dessas considerações, leiam a matéria abaixo publicada no Diário do Grande ABC:
Eis aqui um exemplo claro disso.
No último post foi levantada a questão de repressão política e cerco autoritário dentro da Universidade de São Paulo (USP) e esse processo está longe de ser uma exclusividade de São Paulo, mas em alguns lugares as coisas se dão de forma sutil, quase imperceptível.
Imagine que você, estudante universitário, esteja insatisfeito com sua universidade ou querendo organizar um movimento, passeata, maifestação política contrária ao governo e alguma forma. Naturalmente você vai começar a conversar com seus colegar, captar pessoas que concordam com sua indignação e promover reuniões sobre o tema, de preferência na própria universidade, que é onde você está e tem mais facilidade em articular essas idéias correto? Agora imagine o desconforto em realizar atsi reuniões ou mesmo conversas com policiais militares rodeando o grupo o tempo todo? Mesmo que não atrapalhem a princípio, a simples presença é desconcertante e acaba por afastar os simpatizantes de suas idéias que ainda estejam um pouco relutantes não é mesmo?
Mas a presença imposta de policiais em ambientes universitários não costumam ser bem aceitos e causam problemas, como é no caso da USP, mas e se eles entrarem de forma amigável, visando ajudar, ensinar sobre cidadania e ordem pública? Muito mais simpático e de fácil aceitação. Dessa forma ainda assim sua presença se faz e sua vigilância também.
Sabendo dessas considerações, leiam a matéria abaixo publicada no Diário do Grande ABC:
PM propõe levar aulas a universitários
Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
O comando da Polícia Militar iniciou conversas com universidades do Grande ABC com o objetivo de implementar aulas de ordem urbana e cultura de paz aos estudantes. A expectativa é que o projeto seja colocado em prática em 60 dias.
A proposta do coronel Roberval França, comandante da corporação na região, é que policiais militares preparados, e com nível universitário, possam levar aos alunos orientações de segurança. E também mostrar os impactos que ações realizadas nas proximidades das instituições, como estacionar em fila dupla e som alto, causam na comunidade.
"A ideia é pedir espaço para introduzir disciplina facultativa com esses conceitos. Isso existe em algumas instituições da Capital e Interior, oferecendo série de conteúdos associados a esses temas", disse o coronel, ontem à tarde, em visita ao Diário junto com comandantes de companhias no Grande ABC.
Roberval afirmou que já fez contato inicial com a reitoria da UFABC (Universidade Federal do ABC) e hoje enviará ofício às outras 25 unidades de Ensino Superior da região. "Queremos ter espaços nas universidades para passar orientações de segurança para os alunos, discutindo conceitos de prevenção à violência."
O comandante sabe que haverá dificuldades para atrair universitários às aulas ministradas por militares. Segundo sua avaliação, ainda existe preconceito da parte dos estudantes em relação à polícia. "Preciso apresentar o projeto e buscar a adesão dessas instituições. Sabemos que temos o desafio de quebrar uma barreira inicial, que é o preconceito, e chegar nos estdudantes."
CONSEG UNIVERSITÁRIO
O projeto ainda está em fase inicial, mas Roberval França espera ter o Conseg consolidado ainda no primeiro semestre. "É uma iniciativa já adotada em algumas regiões do Estado, chamando os reitores para participar das discussões sobre segurança nas universidades e no entorno."
Segundo cálculos do comandante, as 26 universidades da região reúnem cerca de 200 mil pessoas. "A maioria não mora no bairro e não tem compromisso algum com o local."
O coronel acredita que as instituições também têm responsabilidade por eventuais danos causados nas suas proximidades. "Empresas têm de dar contrapartida do impacto causado na vizinhança. As universidades ensinam isso, mas têm de botar em prática para não se tornar discurso incoerente e contraditório." Ele avalia que os reitores não vão se furtar em participar ativamente do Conseg ou indicar representante.
A proposta do coronel Roberval França, comandante da corporação na região, é que policiais militares preparados, e com nível universitário, possam levar aos alunos orientações de segurança. E também mostrar os impactos que ações realizadas nas proximidades das instituições, como estacionar em fila dupla e som alto, causam na comunidade.
"A ideia é pedir espaço para introduzir disciplina facultativa com esses conceitos. Isso existe em algumas instituições da Capital e Interior, oferecendo série de conteúdos associados a esses temas", disse o coronel, ontem à tarde, em visita ao Diário junto com comandantes de companhias no Grande ABC.
Roberval afirmou que já fez contato inicial com a reitoria da UFABC (Universidade Federal do ABC) e hoje enviará ofício às outras 25 unidades de Ensino Superior da região. "Queremos ter espaços nas universidades para passar orientações de segurança para os alunos, discutindo conceitos de prevenção à violência."
O comandante sabe que haverá dificuldades para atrair universitários às aulas ministradas por militares. Segundo sua avaliação, ainda existe preconceito da parte dos estudantes em relação à polícia. "Preciso apresentar o projeto e buscar a adesão dessas instituições. Sabemos que temos o desafio de quebrar uma barreira inicial, que é o preconceito, e chegar nos estdudantes."
CONSEG UNIVERSITÁRIO
O projeto ainda está em fase inicial, mas Roberval França espera ter o Conseg consolidado ainda no primeiro semestre. "É uma iniciativa já adotada em algumas regiões do Estado, chamando os reitores para participar das discussões sobre segurança nas universidades e no entorno."
Segundo cálculos do comandante, as 26 universidades da região reúnem cerca de 200 mil pessoas. "A maioria não mora no bairro e não tem compromisso algum com o local."
O coronel acredita que as instituições também têm responsabilidade por eventuais danos causados nas suas proximidades. "Empresas têm de dar contrapartida do impacto causado na vizinhança. As universidades ensinam isso, mas têm de botar em prática para não se tornar discurso incoerente e contraditório." Ele avalia que os reitores não vão se furtar em participar ativamente do Conseg ou indicar representante.
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